Ele começou fazendo picolés em casa e hoje tem loja conhecida por sabores criativos

Insatisfeito com o emprego, Claudio Sales começou a fazer picolés em 2012, depois de assistir a uma reportagem de Pequenas Empresas & Grandes Negócios que ensinava a empreender com sorvetes. “Vi a reportagem justamente quando eu estava buscando algo para empreender”, conta Sales. Atualmente, ele é dono da Ébanos Sorvete e Café, que fica na Vila Mariana, em São Paulo. A loja é conhecida pela variedade de sabores desenvolvidos pelo empresário – em junho, ele criou sorvetes de vinho quente, pamonha e gengibre, pela temática de festa junina.

“O diferencial da Ébanos é que, toda vez que o cliente vem, ele encontra diferentes sabores. Tenho 80 receitas de sorvetes e a vitrine muda com frequência”, diz. A cada dia, por volta de quatro sorvetes acabam e são repostos por outros sabores, na vitrine em que cabem 16 opções diferentes.

A receita do paradoxal sorvete de vinho quente é à base de leite e leva suco de uva, além de uma redução de vinho e maçã caramelizada com cravo e canela. “Os clientes gostaram de experimentar o vinho quente numa versão gelada”, conta o empresário.

Sales tem como sócio o filho, Bruno Soares. Eles faturam R$ 40 mil por mês com a sorveteria-café. A atual loja não é a primeira da marca. No começo, em 2012, Claudio Sales colocava os picolés à venda na mercearia de sua esposa, perto de sua casa, no bairro do Ipiranga. “Quando aprendi a fazer os picolés, substituímos os sorvetes que vinham de um fornecedor pelos meus próprios.”

Em 2015, com três revendedores nas ruas, a Ébanos alugou um ponto no Ipiranga que, a princípio, seria apenas uma fábrica de sorvetes, sem atendimento ao público. A ideia de Claudio Sales era se tornar um fornecedor para o comércio local e fortalecer a rede de carrinheiros que revendiam sua marca.

“Mas, em 15 dias, perdi os três revendedores, que pararam de trabalhar na área. Com isso, abri a porta, coloquei uma plaquinha anunciando os sorvetes e comecei a vender para o público”, conta ele. O negócio foi crescendo, ganhou um salão para consumo no local e mais freezers. “Crescemos no boca a boca, nem tínhamos redes sociais”.

O estabelecimento foi ficando pequeno. Com isso, em 2018, a Ébanos se mudou para o atual ponto, da Vila Mariana, e também se tornou cafeteria. “Pela sazonalidade do consumo de sorvete, decidimos montar cafeteria. O café nos ajudaria a ser menos impactados pela queda do inverno. Mas percebemos que o consumidor tem mudado, consumindo mais sorvete mesmo no tempo mais fresco”, explica Sales.

Depois de ter passado pelo momento de grande instabilidade da pandemia, o empreendedor vê o futuro de forma positiva. “Estou otimista com os próximos anos. Quando penso no começo, quando não tinha R$ 1 no bolso, fico feliz com meu negócio de hoje. Temos visto um aumento de clientes e boa avaliação deles”, afirma.

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